Orelhadas sobre músicas, músicos e música

quinta-feira, 21 de julho de 2005

independentes [2005]





feito em casa*
por Marcus Preto

“O que tem é independente caindo das árvores no meio da rua. Opa, pisei num independente!” A frase, cheia de [auto] ironia, é de Cadão Volpato – ele mesmo um veterano na vida da música feita às próprias custas. Cadão é o vocalista do Fellini, banda que, desde os meados dos anos 80, lançou cinco álbuns sem nunca se filiar a uma gravadora grande. Eram outros tempos e a tecnologia da época [os discos eram produzidos em vinil, é sempre bom lembrar] não favorecia a “vida” fora do esquemão das multinacionais.

Eis que, com o advento do CD e as facilidades proporcionadas pelas novas tecnologias, gravar um disco não ficou tão difícil assim. Dá para fazer em casa, no quarto. Daí a atual oferta de novos artistas – lançando novos discos – sobre a qual Cadão se refere na frase que abre esse texto.

Isso, somado à decadência da indústria fonográfica instalada [onde são sempre apontados como “culpados” principalmente a pirataria e a troca de músicas pela Internet], faz deste um momento de explosão. “A forma de se comercializar música está mudando e as grandes não estavam preparadas para isso. E as independentes não têm força e nem poder para estabelecer um novo padrão”, garante Carlos Farinha, dono do selo indie Bizarre. Alguma coisa está para acontecer, isso é inevitável. Mas o quê, exatamente?

Diante desse quadro, muitas bobagens foram anunciadas como verdades absolutas, muitas profecias foram feitas, muitas suposições foram levantadas. A Simples convidou um time de artistas e produtores independentes [veja quadro no final da página] para dar uma geral, com os olhos de quem está do lado de dentro, em alguns pontos importantes dessa história toda.

o momento atual
“Os independentes nunca estiveram em um momento tão favorável. O fato de existir Internet [o pesadelo das grandes gravadoras] facilitou a difusão da informação. Há alguns anos, para saber o que rolava no mundo independente você tinha que conhecer as pessoas do mundo independente. Hoje, dá para ser um insider sem conhecer ninguém. É só procurar, baixar e ouvir. O produto não é mais o CD, é a música em si. Portanto, é importante que se crie curiosidade nas pessoas.”[Farinha] “A produção independente é e sempre foi favorável pela liberdade criativa. Mas é desfavorável pela falta de distribuição. Divulgação, que é a alma do negócio, é vetada aos independentes. Os jornais e rádios boicotam. A TV, então, nem se fala.”[Luhli] “Sinceramente, arte de classe média é um saco. Você ter voz só pra quem tem TV à cabo e internet é ruim. Tem de fazer a reforma agrária do ar! Tem de acabar com o latifúndio das ondas do rádio!”[Wado] “Essa transição é em todos os sentidos. A música no Brasil sempre foi subsidiada pelas grandes companhias. Agora, tem que começar a se auto-administrar e prover seus recursos.”[Effe] “Não acredito no mercado independente como meio de sobrevivência dos novos artistas. Essa fase de transição já dura 15 anos. Vender mil discos é ridículo pra um país do tamanho do Brasil.”[Wado] “Eu sinto que o universo está conspirando para que haja mais equilíbrio dentro do salão. Para que esse processo seja acelerado, é preciso que todas as bandas mergulhem de cabeça e divulguem o trampo dos outros. Estamos aí, na luta por um lugar ao som!”[Beto] “A música já poderia ser um dos pontos principais do PIB brasileiro, assim como o futebol. Ela é o link número um entre nós e o mundo, e isso nunca foi aproveitado.”[Effe] “O Brasil está muito pouco interessado no Brasil. Virou periferia do mundo. O que se ouve aqui é o que se ouve em qualquer subúrbio de grande cidade do mundo.”[Wado] “Do ponto de vista de estrutura, creio que a indigência continua a mesma. Vide lugares pra se fazer show. Estão piores do que no meu tempo pós-punk. Qualquer garagem do tio Hermenegildo oferece shows e cerveja choca, a troco de um aperto de mão.”[Cadão]

as facilidades [e dificuldades] de fazer em casa
“Um estúdio doméstico supre, no que diz respeito aos recursos técnicos, as necessidades de 90% das gravações musicais colocadas no mercado. Na década de 80, as majors eram proprietárias dos estúdios e também das fábricas que produziam os vinis. Hoje, o artista voltou a ter domínio aos meios de produção. Ele pode, sozinho, gravar e prensar o disco. Mas não tem como, sozinho, divulgar e colocar esse disco à venda nas lojas.”[Farinha] “Gravar um bom disco custa entre 5 e 10 mil reais, ainda não é para qualquer um. O foda é que quem tem esse dinheiro já se mete a fazer e, muitas vezes, faz lixo ou engana.”[Fabrício] “O que é lixo ou não fica na área do gosto e do relativo.”[Effe] “Tem até uma busca pelo tosco como charme e novidade. Assim como em outras manifestações artísticas existe arte naif, arte bruta, já demorou pra se ter uma música mais aberta, com menos padrões timbrísticos e compressões pré-estabelecidas.”[Wado] “Um novo paradigma foi criando quando os artistas começaram a produzir seus trabalhos em casa.”[Tatá] “Sempre se fará música boa e música ruim, não são as gravadoras que decidem isso.”[Romulo]

num reinado indie, segmentado por natureza, haveria espaço para “febres” de estação?
“Quanto mais segmentado o mercado, mais difícil surgirem artistas de estação.”[Tatá] “Estouros dependem de uma verba de marketing que supera em muitas vezes o custo de produção do disco. E essa verba, invariavelmente, só poderia vir de uma grande gravadora que, por sua vez, está acossada pela pirataria.”[Farinha] “Estouros nacionais e superexposição sempre haverá, faz parte do que se chama cultura para todos. Acredito muito, por outro lado, na segmentação. Mas ela só acontecerá se os meios de visibilidade de comunicação estiverem com esse foco.”[Effe] “Todo domingo tem alguém fazendo algo massivo na TV aberta. E aqui vale dizer que considero uma grande merda o advento da TV paga pra cultura brasileira. Transforma em abismo as diferenças, deixa informação caríssima.”[Wado] “Esse negócio de atingir as massas é muito confuso. Quem diria que Roberto Carlos, um deficiente, seria o rei da MPB? Quem apostaria naquele cara franzino? Quem imaginaria que ‘Faroeste Caboclo, da Legião Urbana, que tem quase 12 minutos, tocaria no rádio até hoje? Não dá para entender as massas. Quando eles gostam, gostam e pronto.”[China] “De vez em quando estoura um ‘Festa no Apê’ ou o Fábio Jr. é trilha de um casal de novela. A grande estrutura é a mesma. O que prevalece é o gueto em que a música independente está sempre metida.”[Cadão] “O mercado dos independentes é outro, não é popular. É um mercado paralelo, de gente que tem computador, e-mail, i-pod. Não sabe das coisas pela Globo, não consome música porque está na novela. Daí para ir para os nichos é um passo.”[Farinha]

poderia nascer um Roberto Carlos [artista de carreira tão popular quanto duradoura] em tal cenário?
“Hoje, nós temos um panorama em mutação. Estamos exatamente no olho do furacão, em meio às mudanças de mercado. Acho que, quando as coisas se estruturarem novamente, haverá espaço para artistas do estilo Roberto Carlos.”[Tatá ] “O que talvez não seja mais possível, um "o do selo indie Bizarre. o Jumbo Elektro, o Cos por via independente.sco n é encontrar alguém como Roberto, que atende aos interesses da indústria [vendas] sendo ao mesmo tempo artista de inestimável importância na música brasileira. A indústria é cega e não promove novos Robertos ou eles não existem mais? Eis a questão.”[Romulo] “Outras formas e personalidades culturais tomaram conta do nosso real e do nosso imaginário. O tempo nos contará alguma história depois.”[Effe] “Talento é essencial. Não vi novos Chicos Buarques [Marcelo Camelo é só um barbudo em fase de crescimento] nem Miltons Nascimentos nem Caetanos Velosos [nem Lenine nem Zeca Baleiro contam, pois não têm peso, na minha opinião]. A questão é: vivemos outros tempos. Talvez a fragmentação seja mesmo a nossa marca.”[Cadão] “Vão haver muitos artistas no imaginário das futuras gerações, não apenas três ou quatro. O que é realmente original vai sempre ficar, porque influencia.”[Farinha] “Tudo isso é mistério. O fenômeno Secos & Molhados, por exemplo, num momento de censura estourando no Brasil, foi imprevisível. O carisma faz milagres.”[Luhli] “Com esta segmentação, será difícil o surgimento de novos ídolos. Uma pena, pois são, talvez, a maior fonte de estímulo a novos artistas.”[Romulo]

a desmistificação [ou não] do popstar
“A maioria dos artistas independentes coloca a mão na massa. Em geral, trabalham num esquema coletivo, atuando em áreas que antes ficavam a cargo dos executivos de gravadoras. Essa multifuncionalidade facilita sim a desmistificação do ídolo, mostrando um artista mais humano.”[Tatá] “A gente agita os shows, cachê e outros detalhes. Não temos um empresário. Temos um fotolog que cuidamos pessoalmente e respondemos os e-mails dos fãs.”[Beto] “O cara pode ser popstar e ser humilde, modesto. Acho que a Internet aproximou as pessoas num todo, inclusive as bandas.”[China] “Quem caiu em qualquer mistificação foi quem trabalhou para isso. Claro que, quanto mais o artista for seu próprio provedor de movimentos, mais contato com o pior das coisas ele terá. Mas não acredito que ninguém que goste muito do que faça se preocupe com isso.”[Effe] “Todos podem ser o ídolo da própria garagem. Mas repare: quase todos [da nova geração indie] ainda estão no primeiro disco e já tem muita gente com essa postura [de popstar] assim que vê seu nome no jornal ‘Agora’. Espera dois ou três anos... É claro que esse povo todo, fora da própria garagem, continua tendo que pegar ônibus.”[Farinha] “Dessas árvores que andam produzindo artistas independentes, eu salvaria um ou dois frutos. Me desculpe, mas o sonho de fazer música pra essa molecada é uma vaidade que passa com o tempo, quando eles tiverem que arrumar emprego. Quanto aos mais velhos, os mais MPB, sua hippice natural faz com eles aceitem de bom grado ficar tocando nos circos do país pelo resto da vida.”[Cadão]

a pirataria e a troca de músicas pela Internet
“Os pequenos selos não estão sujeitos à pirataria e também não estão sujeitos a ter um disco que venda 100 mil cópias, porque a distribuição é realmente uma merda, a despeito da crença e propaganda de quem posa de ‘libelo independente’.”[Farinha] “O dia que um disco meu estiver no chão da rua, sendo vendido pela metade do preço de loja, é sinal que estamos super visíveis. Aí sim a pirataria pode ser problema.”[Effe] “A produção independente está superando a fase amadora e vai ser uma força real no mercado, portanto estará sujeita também à pirataria.”[Junio] “Programas como Limewire ou Kazaa são uma ponte para nossa música chegar até o outro lado do mundo. Não vejo problema nenhum e eu mesmo sou um consumidor desses softwares.”[Beto] “Para a grande máquina da mídia, nós, independentes, somos tão piratas quanto a pirataria. É tudo uma questão de ângulo.”[Luhli]

a situação das grandes gravadoras daqui em diante e o futuro dos artistas consagrados
“As grandes gravadoras demoraram a perceber que o ‘esquemão’ é, sim, investir em muitos artistas de porte menor e não num que custe milhões.”[Tatá] “Elas não sabem o que fazem. Executivo de gravadora [aqueles velhos descolados, de penacho ou barba branca, e aqueles carinhas de sorriso eterno] só querem saber de grana, porque é negócio, ora. Duvido que eles tenham alguma estratégia.”[Cadão] “As gravadoras vão ter que mudar a estratégia. Investir em carreiras, produção de shows, distribuição, catálogo. Eles já ganharam muito dinheiro, agora que se virem!”[Fabrício] “Infelizmente, são burras, cegas de ganância e comodismo.”[Luhli] “A grande novidade disso tudo é grandes artistas como Djavan, Maria Bethânia e Gal Costa estarem fazendo seus selos ou se movendo para gravadoras menores. Isso pode ajudar muito o mercado paralelo às grandes companhias.”[Effe] “Os figurões são espertos e se adaptam às regras do jogo. Muitos já têm seus próprios selos e métodos de distribuição.”[Beto] “Eles não fizeram isso por opção, mas porque não podiam fazer outra coisa. São artistas decadentes, com vendagens decadentes que já não atingiam um patamar de vendas economicamente aceitável para grandes gravadoras. Não acho que vá haver muito espaço para eles, mesmo. Digo isso sem questionar a qualidade artística de X ou Y.”[Farinha]

os artistas independentes ainda sonham com contratos em gravadoras grandes?
“Quem não sonha que atire a primeira pedra.”[Beto] “Eu, particularmente, não sonho. Gravo hoje como quero, distribuo pelo selo que sou sócio. Está bem legal assim.” [Fabrício] “Na atual conjuntura, eu não tenho a mínima vontade de assinar um contrato com uma grande. No meio independente, você tem liberdade para colocar suas idéias em prática.”[Tatá] “Acho que todos sonham. Não deixa de ser um esquema legal. Eles têm um puta suporte que pode colocar teu disco e tua música em todos os lugares do Brasil. O lance é fazer um contrato honesto, não cair em roubada.”[China] “Quem não quer tocar no rádio, ter o disco em todas as lojas? Por outro lado, pesa mais a vontade de gravar o que se gosta e acredita, sem fazer concessão. E é aí que o bicho pega.”[Luhli] “Isso é uma faca de dois gumes. Numa grande companhia, você corre o risco de gravar um disco, a gravadora não acertar logo de cara com você e aí um abraço, o sonho acabou. Elas não estão interessadas em lançar ninguém. Passam esse investimento financeiro para os selos.”[Effe] “Artistas sonham em viver de arte, mas já perceberam que o ambiente favorável a isto não é mais a indústria.”[Romulo] “É difícil mudar essa mentalidade meio patriarcal em que a gravadora dava muito para os artistas – e pedia muito em troca, também. Sempre tem gente que vem para mim falando de um jeito como se eu fosse adotar a pessoa. É uma loucura, eu lá tenho dinheiro para isso?”[Farinha]

o jabá
“Jabá é uma instituição papal. Alguém se atreve a falar nele? Louvam o Chacrinha como se ele tivesse sido Deus. Pois Deus só deixava tocar no programa dele quem fosse encher o bolso do seu filho em shows nos buracos do Rio.”[Cadão] “O próximo passo nesse processo é o declínio do jabá. As grandes não vão poder mais sustenta-lo por muito tempo e, com isso, os programadores de rádios vão ter que correr atrás de música nova para tocar.”[Tatá]“Se um dia esse formato se concretizar, os músicos independentes terão mais chances de divulgação.”[Beto] “Isso será o nosso renascimento, da música popular brasileira, depois de tanta Idade Mídia.”[Luhli] “Essa é uma questão que tem de passar por mudança no congresso. Hoje, quem detém a maioria das TVs e rádios são os políticos, que pouco ligam pra cultura e adoram todo tipo de esquema que possa viabilizar seus interesses.”[Junio] “Por outro lado, rádio vai ser outra coisa. Esse lance de Internet sem fio não é uma coisa tão distante [3 ou 4 anos?]. Logo, você vai poder ligar o som do carro e pegar qualquer rádio online na Internet, já imaginou? Com tantas estações de rádio, para quem que as grandes vão pagar o jabá? Para todas? Seria muita grana.”[Farinha]

como o modo de produzir música mudou com os novos formatos
“Com os programas de gravação ao alcance de todos, o jeito de produzir músicas mudou. Com liberdade e criatividade, você pode produzir coisas bem bacanas caseiramente.”[Tatá] “O modo de produzir música muda a cada instante, a cada avanço tecnológico, a cada conjuntura. É da natureza da arte traduzir seu tempo. O que existe são tempos de boa arte e outros, nem tanto. Acho que estamos em tempo de boa arte.”[Romulo] “Mudou por causa da tecnologia e porque as gravadoras independentes não têm a pressão de vendagem. A maioria dos selos é uma coisa bem romântica, a escolha dos artistas atende por outros critérios... Se fosse de outra maneira, eu já teria lançado uns 250 CPM 22, uns 100 Chemical Brothers [pobres, é claro]. Chega um monte de demos aqui.”[Farinha] “Tenho ouvido uns garotos de 20 anos que gravam tudo sozinhos. E eles continuam cantando em inglês e macaqueando as bandas de fora. Então, não é isso que faz boa música. Essa geração, por exemplo, aprendeu que podia tudo. Pois não pode. A vida tem limites. Não vejo muita qualidade por aí. Vejo diversidade. Isso pode ser bom, no futuro.”[Cadão]

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quem é quem_
[Beto] Lee_ Lançou um disco solo em 2002, apenas distribuído pela Abril Music. Agora, começa a divulgar o primeiro trabalho à frente de sua nova banda, a Galaxi. Todo mundo sabe, ele é filho de Rita Lee.
[Cadão] Volpato_ Teve, com o Fellini, cinco discos lançados [o mais recente saiu em 2002]. Vem agora com seu primeiro solo, onde toca todos os instrumentos. Vive do jornalismo.
Carlos [Farinha]_ O dono do selo paulistano Bizarre. Lança discos desde 2001 e tem 17 bandas no seu cast.
[China]_ Pernambucano, o ex-vocalista do Sheik Tosado lançou seu primeiro CD solo em 2002, após o sucesso no festival Humaitá pra Peixe. China também canta músicas de Roberto Carlos no Del Rey, junto com seus conterrâneos do Mombojó.
[Fabrício] Nobre_ Um dos cabeças do selo Monstro Discos, de Goiânia. Ele também ajuda a organizar festivais indie dos bons, feito o Bananada e o Goiânia Noise. É vocalista da banda MQN.
Humberto [Effe]_ Nos anos 80, o super carioca lançou dois discos com sua banda Picassos Falsos pela BMG e RCA. Em 95, veio com seu primeiro solo, pela Virgin. Agora, volta com os Picassos por via independente.
[Junio] Barreto_ Também oriundo da cena pernambucana, acaba de lançar seu primeiro CD. Suas músicas estão sendo disputadas por Maria Rita e Gal Costa.
[Luhli]_ Veterana da gravação independente, Luhli [antes Luli] fez dupla com Lucina e lançou, desde o final dos anos 70, quase dez discos – todos eles com produção própria. Agora, se prepara para lançar um disco apenas com seu nome na capa.
[Romulo] Fróes_ O sambista indie. Lançou dois discos à frente da Losango Cáqui. Com o fim da banda, lançou um EP em 2000 e um CD cheio em 2004.
[Tatá] Aeroplano_ O homem das mil bandas. Tatá vive o assunto 24 horas por dia, se dividindo entre o Jumbo Elektro, o Cérebro Eletrônico, a Luz de Caroline, a Orquestra Jupteriana e o que mais vier.
[Wado]_ Nasceu em Santa Catarina, mas mora em Maceió. Está lançando seu terceiro CD, Wado e o Realismo Fantástico – A Farsa do Samba Nublado.

* O título dessa matéria é uma homenagem a Antonio Adolfo e seu álbum de 1977,o primeiro lançamento independente brasileiro de que se tem notícia . A tiragem original de Feito em Casa foi de 500 cópias.

[íntegra da matéria publicada na revista Simples, em maio de 2005]